Nº 14 jan./jun.2014
Entrevista com Hermano Vianna

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Resumo

A entrevista que se segue apresenta as múltiplas faces e as singularidades da fecunda carreira do antropólogo Hermano Vianna, antropólogo que, a um só tempo, tem atuado como mediador cultural, produtor, crítico e jornalista especializado nas novas tecnologias da informação e comunicação. O domínio da teoria antropológica, conjugado ao rigoroso trabalho empírico, lhe permitiu compreender os deslocamentos de sentido e as interfaces entre o popular urbano – notadamente as periferias e favelas – e as possibilidades criativas existentes no ambiente tecnológico das redes digitais, assim como lhe permitiu uma aproximação com a televisão e o jornalismo. No material que se segue, o leitor encontrará um farto acervo de reflexões, manejadas com segurança, precisão e perspicácia.

Conduzida pelos pesquisadores Felipe Sussekind, Fernando Lima Neto e Jonas Lana, a entrevista tem como fio condutor a análise das políticas culturais. Conhecedor das experiências estéticas e musicais que as periferias difundem e atualizam, Hermano potencializa esse debate ao questionar, entre outras coisas, o senso comum político acerca dos supostos vazios simbólico-culturais, que insiste em pretender levar cultura para determinados espaços, julgando que lá não existam formas dignas de expressão e consumo cultural. Nessa direção, mostra como, muitas vezes, o próprio Estado exerce políticas anticulturais, como no caso dos games e do funk. Não temos dúvida que o leitor encontrará nesta entrevista poderosas pistas, valiosos insumos empíricos e ricas visadas para pensar e pesquisar as políticas culturais contemporâneas, além de atestar a polissemia de expressões que os espaços urbanos metropolitanos abrigam e disseminam. A entrevista também problematiza a forma como a pesquisa antropológica pode dialogar com outras atividades de criação e produção cultural. Em uma palavra, trata-se de uma saborosa e percuciente entrevista, que evidencia a dilatação dos domínios da reflexão, da crítica e da produção cultural contemporânea.



 

Publicada em: 04/03/2016 às 16:30 Seção: Nº 14 jan./jun.2014

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