Resumo
Procuramos verificar se a aparência pode interferir em julgamentos criminais realizados por juristas. Criamos 16 retratos falados utilizando o software FACES 4.0. Estas imagens foram qualificadas por um grupo de 46 participantes que lhes atribuíram valores para a beleza, posição social e indicaram sua idade. Em seguida, as imagens foram apresentadas a um grupo de 129 juristas que deveriam apontar quais deles seriam o autor e a vítima de um dentre cinco crimes (homicídio, sequestro, tráfico, estelionato e crimes sexuais). Os resultados apontam relação direta entre feiura e atribuição de periculosidade. Isto indica que para juristas a aparência do criminoso é um elemento de sua representação social.
Palavras-Chave:
Representações sociais, juristas, criminoso, aparência, preconceito.
Abstract
We seek to verify whether the appearance may interfere in criminal trials conducted by lawyers. We created 16 sketches using FACES 4.0 software. These images were classified by a group of 46 participants assigned values to them for beauty, social position and indicated their age. Then, the images were presented to a group of 129 lawyers who should point out which of them was the author and victim of one of five crimes (murder, kidnapping, trafficking, Larceny by trick and sex crimes). The results show a direct relationship between ugliness and dangerousness assignment. This indicates that for lawyers, the appearance of criminal is an element of its social representation.
Keywords:
Social representations, lawyers, criminal, appearance, prejudice.
A beleza e a inocência: juristas e suas representações sobre criminosos, uma investigação a partir de retratos falados