Nº 7, jul./dez.2010
Raça, etnicidade e colonialismo português na obra de Gilberto Freyre
Por: Jerry Dávila

Este trabalho analisa o alinhamento intelectual e político de Gilberto Freyre com o Estado Novo português e suas guerras coloniais, tomando-o como meio de avaliação da ênfase que ele dava à etnicidade como esfera de interpretação das relações raciais. Acompanha a trajetória de Freyre, desde a publicação de O mundo que o português criou, em 1940, passando por sua viagem às colônias portuguesas em 1951, até suas subsequentes publicações e colunas em jornais defendendo o colonialismo português. Esta leitura nos mostra sua hostilidade tanto em relação à organização cultural e política por parte de negros quanto às correntes de estudos inter-raciais, à medida que ambas foram se tornando cada vez mais incompatíveis com o mito da harmonia racial portuguesa.

Palavras-chave: Gilberto Freyre; relações inter-raciais; Portugal; colonialismo e descolonização; pensamento racial; Brasil.

Race, ethnicity, and Portuguese Colonialism in Gilberto Freyre’s Work
This paper analyzes Gilberto Freyre’s intellectual and political alignment with Portugal and its colonial wars as a means of understanding his emphasis on ethnicity as a means of interpreting race relations. The article follows Freyre’s trajectory beginning with the publication of O mundo que o português criou, in 1940, through his visit of Portugal’s colonies in 1951 and his subsequent publications and newspaper columns defending Portuguese colonialism. What emerges is a picture of Freyre’s hostility to black political and cultural organization and to currents of scholarship on race, as these become increasingly incompatible with the mythology of Portuguese racial harmony.

Keywords: Gilberto Freyre; race relations; Portugal; colonialism and decolonization; racial thought; Brazil.

Raça, etnicidade e colonialismo português na obra de Gilberto Freyre

Publicada em: 16/02/2011 às 14:07 Seção: Nº 7, jul./dez.2010

Outras matérias:

Anterior < Repensando as teorias do desenvolvimento na América Latina e na Índia

Próxima > “É o beat que dita”: criatividade e a não-proeminência da palavra na estética Funk Carioca

ImprimirVoltar

Copyright: As opiniões emitidas são de inteira responsabilidade de seus respectivos autores. Permite-se a reprodução total ou parcial dos trabalhos, desde que explicitamente citada a fonte.

Powered by Publique!